É certo que se comunica muito sobre alimentação, mas será que sabemos distinguir a publicidade fundamentada nas preferências alimentares da sociedade da que se preocupa com os benefícios nutricionais? Pois, a diferença existe, no entanto, nem sempre a captamos com facilidade.
Na TV, em cartazes, revistas, ou até mesma na internet, entre outros meios de comunicação, assistimos a publicidade que associa as preferências alimentares ao que é socialmente aceite. Deste modo, estamos perante a corrente estruturalista. Por exemplo, quando num bar, entre amigos, está presente um jogador de futebol muito conhecido a publicitar uma marca de cerveja (
exemplo1 - vídeo 3), quando se associam jovens actores de uma série juvenil de TV com um sumo refrigerante (
exemplo2), ou quando um outro futebolista aparece a comer um hambúrguer (
exemplo3), fica bem caracterizada esta corrente.
Por outro lado, a publicidade que se baseia na divulgação dos benefícios associados ao consumo de certo alimento, sem influencia de ordem cultural, insere-se na corrente funcionalista. Esta corrente, por si só, leva ao surgimento de novas regras e comportamentos alimentares pela sua relação entre o gasto, o consumo e o benefício nutricional. É o que acontece quando se evidencia a protecção antioxidante de um sumo de fruta (
exemplo4), quando um iogurte liquido exerce um efeito na redução dos elevados valores de colesterol (
exemplo5) ou até mesmo quando um anúncio não publicita nenhuma marca e tem apenas como objectivo promover o consumo de leite (
exemplo6).